A história de Turner é curiosa. Ele contou ao ScriptMag que escreveu uma adaptação baseado no livro de Walter Kirn como um "roteiro de especulação", sem ter os direitos do livro. Mas teve a sorte de ser chamado quando os produtores não gostaram do tratamento que tinham em mãos. Anos depois Jason Reitman entrou no projeto para dirigi-lo e reescreveu o material que culminou no filme.
Porém, como conta um artigo publicado no L.A. Times, apesar de elementos criados por Turner serem visivelmente reconhecíveis no filme por quem estuda o caso - ele criou a parceira do personagem de Clooney, a virada do suicídio, e até a já antológica frase com que o protagonista motiva os recém demitidos - Reitman alegou que o trabalho substancial era só dele e que não precisava creditar o colega.
Mas quando diretores desejam receber créditos de roteiro nos EUA, uma arbitragem é automaticamente aberta no WGA, que acabou decidindo a favor de Sheldon e obrigou a Fox a creditar o roteirista.
Reparem que no roteiro publicado de "Up In The Air" consta só o nome de Reitman. [UPDATE: A versão de Turner, datada de 2003 também se encontra online.]
Na semana passada, enquanto os dois recebiam o 'Critcs Choice Award', uma saia justa aconteceu quando Reitman ocupou todo o tempo e não deixou Turner falar.
Há alegações ainda que Ted Griffin, que também escreveu um tratamento, seria outro roteirista que teria direito a crédito - a bela cena final seria criação dele por exemplo - mas trocou a honraria por um crédito de produtor executivo e um bocado de dinheiro.
Fernando Marés de Souza
Roteiro de Cinema, roteirodecinema.com.br
FONTES: latimes | movieline | hollywoodjew | scriptmag | stephenfalk
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