Relatei no artigo original: "Em uma matéria sobre a presença de veneno em merenda escolar no RS, a âncora Fátima Bernardes afirma: "Está foragida a merendeira que pôs veneno de rato na comida de crianças e professores de uma escola pública de Porto Alegre" - enquanto mostra a foto da acusada na tela. Mas como pode a jornalista afirmar como fato algo que ainda não foi comprovado? A merendeira é SUSPEITA de ter colocado veneno, ACUSADA de ter colocado veneno, Fátima Bernardes não pode apresentar como fato que a "merendeira pôs veneno de rato na comida de crianças". Mesmo que haja uma suposta confissão da merendeira, o advogado da acusada afirma que ela não colocou veneno algum e que se apresentará segunda-feira, informação que o Jornal Nacional não traz em sua reportagem. A matéria fere os princípios descritos nos itens 1-v, 1-x, e 1-z dos princípios editoriais, desrespeita o princípio do contraditório e qualquer senso básico de justiça."
Porém, mais grave que desrespeitar seus princípios editoriais, os jornalistas responsáveis pela matéria - em especial o editor-chefe William Bonner e o diretor da central de jornalismo Ali Kamel - violam os direitos humanos da cidadã brasileira Wanuzi Mendes Machado, violam a Constituição Federal e o Código de Ética dos Jornalistas brasileiros:
É expresso na Declaração Universal dos Direitos do Homem em seu artigo Artigo XI:
É expresso na Declaração Universal dos Direitos do Homem em seu artigo Artigo XI:
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.É expresso na Constituição Federal em seu artigo Art. 5º:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;É expresso no Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros no Capítulo III:
Art 9º A presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística.
Art. 12. O jornalista deve:
I - (...) ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, o maior número de pessoas e instituições envolvidas em uma cobertura jornalística, principalmente aquelas que são objeto de acusações não suficientemente demonstradas ou verificadas;
Então fica a pergunta: até quando o Jornal Nacional e o jornalismo da Globo se sentirão acima de todas as regras, sejam elas públicas ou privadas?
Vale ressaltar que não está em discussão a inocência ou culpa da cidadã Wanusi, pois isso só será determinado após o devido processo legal. Não é uma questão sobre este caso específico. É uma questão de princípios.
OUTRO LADO:
A Central Globo de Comunicação foi procurada mas ainda não se pronunciou. A resposta será publicada aqui neste espaço.
UPDATE: Apesar de ainda não ter recebido resposta da CGCOM, a edição de hoje do Jornal Nacional trouxe um desdobramento sobre o caso. Os jornalistas deram voz ao contraditório, apresentaram a tese do advogado da merendeira, passaram a chamá-la de "suspeita" e ao final, fizeram uma retratação: "Ao tratar desse caso policial no último sábado (6), por uma falha de edição, o Jornal Nacional não mencionou a alegação do advogado de defesa que contestava a confissão da cliente. Foi, obviamente uma falha, que foi corrigida nesta reportagem."
Porém, apesar da retratação ser um avanço - apresentando o contraditório e admitindo um erro - o veículo ainda não admitiu que errou ao afirmar que a merendeira "pôs veneno de rato na comida de crianças" sem que esta tese estivesse comprovada.
Fernando Marés de Souza
PS.
FREE BRADLEY MANNING
FREE THE WEST MEMPHIS THREE
Remember José Cleves
E aí Tio? Problem?
Este é Brasil dos poderosos que tudo podem. Estas emissoras concessionárias de serviço público, usam esta concessão para enriquecerem e para destruir o próprio povo que lhe deu a concessão. Nada lhes acontece. Todos estão sendo devidamente processados. Inclusive a Rede Globo. A moça foi torturada pleo delegado de polícia, segundo ela, e ele segunda ela é um louco racista. Ele redigiu a confissão ao seu bel prazer, amedrontando a pobre "negrinha" assustada nos porões de sua fétida delegacia. Eu vou lutar e muito para toda esta gente seja punida nos termos da lei. E sei que é difícil, pois todos se escondem atrás de suas carteiras mágicas de "autoridades" e do forte corporativismo que impera neste pobre país. Esta moça não cometeu crime algum e já está destruída por um louco travestido de autoridade. Mas ele já está respondendo por seus atos, embora o sistema cruel implantado contra os cidadãos de bem o proteja. Quem sabe Deus nos salve desta gente do inferno. Um dia eles pagarão pelos males causados aos inocentes.
ResponderExcluirEste é Brasil dos poderosos que tudo podem. Estas emissoras concessionárias de serviço público, usam esta concessão para enriquecerem e para destruir o próprio povo que lhe deu a concessão. Nada lhes acontece. Todos estão sendo devidamente processados. Inclusive a Rede Globo. A moça foi torturada pelo delegado de polícia, segundo ela, e ele segundo ela, é um louco racista. Ele redigiu a confissão ao seu bel prazer, amedrontando a pobre "negrinha" assustada nos porões de sua fétida delegacia. Eu vou lutar e muito para toda esta gente seja punida nos termos da lei. E sei que é difícil, pois todos se escondem atrás de suas carteiras mágicas de "autoridades" e do forte corporativismo que impera neste pobre país. Esta moça não cometeu crime algum e já está destruída por um louco travestido de autoridade. Mas ele já está respondendo por seus atos, embora o sistema cruel implantado contra os cidadãos de bem o proteja. Quem sabe Deus nos salve desta gente do inferno. Um dia eles pagarão pelos males causados aos inocentes.
ExcluirEste é Brasil dos poderosos que tudo podem. Estas emissoras concessionárias de serviço público, usam esta concessão para enriquecerem e para destruir o próprio povo que lhe deu a concessão. Nada lhes acontece. Todos estão sendo devidamente processados. Inclusive a Rede Globo. A moça foi torturada pleo delegado de polícia, segundo ela, e ele segunda ela é um louco racista. Ele redigiu a confissão ao seu bel prazer, amedrontando a pobre "negrinha" assustada nos porões de sua fétida delegacia. Eu vou lutar e muito para toda esta gente seja punida nos termos da lei. E sei que é difícil, pois todos se escondem atrás de suas carteiras mágicas de "autoridades" e do forte corporativismo que impera neste pobre país. Esta moça não cometeu crime algum e já está destruída por um louco travestido de autoridade. Mas ele já está respondendo por seus atos, embora o sistema cruel implantado contra os cidadãos de bem o proteja. Quem sabe Deus nos salve desta gente do inferno. Um dia eles pagarão pelos males causados aos inocentes.
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