Segundo o release dos advogados de Sarver, "virtualmente todas as situações retratadas no filme, são de fato, ocorrências envolvendo o Sargento Sarver, e que foram observadas e documentadas pelo roteirista Mark Boal". Os advogados também alegam que os produtores "falsamente afirmam que as situações retratadas no filme são ficcionais" e que os realizadores enganaram Sarver para não compensá-lo financeiramente por sua contribuição no filme.
Sarver também diz que o título - The Hurt Locker, que significa "um estado de sofrimento extremo, sem possibilidade de exteriorização" - é uma expressão cunhada por Sarver que os responsáveis pelo filme decidiram utilizar sem seu conhecimento ou autorização.
Boal, que se defendeu nas páginas do L.A. Times, diz que "Sarver é um soldado corajoso e um bom homem" mas que as alegações não são verdadeiras, que a expressão "The Hurt Locker" é uma gíria militar, e que o roteiro não é sobre ele.
Porém, o L.A. Times listou uma série de coincidências entre o roteiro do filme e fatos da vida de Sarver, retratados por Boal no artigo que escreveu em 2005. Boal explica: "Há sim similaridades, porque você encontra similaridades em eventos que aconteceram com muitos desses caras. Mas o roteiro não é sobre ele. Eu falei com pelo menos 100 soldados durante minha pesquisa e misturei tudo que aprendi de um jeito que pudesse ser autentico, mas que tambem fizesse uma estória dramática".
A petição dos advogados de Sarver, que pode ser lida aqui, pede de Boal e dos produtores do filme uma indenização de cerca de 400,000 dólares.
Fernando Marés de Souza
Roteiro de Cinema, roteirodecinema.com.br
FONTE: LA TIMES | DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Quão oportunista? Veremos...
ResponderExcluir